sexta-feira, 10 de abril de 2009

Uma loucura!



Jan

Uma loucura criminosa,

uma loucura criminosa imperdoável...


Uma inconstância ainda mais semelhante atravessa o seu lado agudo,

quando assim ouço o murmúrio de vozes que se aproximam.

Por baixo dessa loucura me entrego ao delírio,

ao débil resplendor de uma luz atrás do meu corpo,

que desce de uma saliência da parede distante

até um pequeno rateio a meus pés.

Ainda que parecesse quase impossível não por causa da escuridão.

Escalo meu corpo arrancando-o da roupa indesejada...

E, pela nudez me coloco a te seduzir.

Penetro-me em teu mais profundo inconsciente e,

continuo avançando insidiosamente por todo teu corpo...

Tuas roupas arrancando-as também...

Teu membro, tua pele, teus olhos, ouvidos e boca,

me machucando e depois anestesiando todo o meu ser de amor!

E então, inclusive o incasável , sobre ti cairá...

Sobre nós cairá...

Cairemos sobre o chão, quase esquecidos, nos embebendo de amor.

A minuciosidade da busca era inquietante,

mas, ainda mais ameaçadora, mais apavorante,

era a inexorável, a inevitável aproximação

daquelas formas diminutas entorpecidas por esse amor!...

Só Deus sabe o que desejei aqui.

Para mim é o bastante saber que estou aqui, permitindo sentimentos;

devo saber que desembarquei em ti,

percorrendo o caminho óbvio para chegar até esse amor...

Uma loucura!...

Uma loucura criminosa.

Uma loucura criminosa imperdoável:

'te amar verdadeiramente, eu necessito!'

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